ANDRÓMEDA – forma latinizada do grego Ἀνδρομέδη. A sua etimologia aglutina dois significados: “pensar de um homem” do grego ἀνήρ, ἀνδρός e ainda μήδομαιc, ”pensar, a ter em consideração”.
Ficha Técnica
Edição Vídeo: Ana Carvalho
Música: Sturqen
“O entrelaçar do Cordão d’Oiro…”
A ANDRÓMEDA – Agenciamento & Produção, tem como missão primordial a promoção do leque de artistas/projectos que estão na base da sua própria génese, reivindicando-se coesa por uma “cadeia de ouro” – essa “aurea catena” de que Homero nos fala numa famosa passagem da Ilíada.
Esta constelação polimorfa congrega vários nomes incontornáveis do panorama musical e artístico exploratório da actualidade, aqui espelhados nos seguintes artistas/projectos: Daniel Fawcett & Clara Pais; Earthquake Detector (performance audiovisual da artista intermédia Ana Carvalho); Frederico Dinis; HHY (cifra utilizada pelo compositor Jonathan Uliel Saldanha); HystericalOneManOrchestra (projecto a solo de Filipe Silva); Nocturnal Emissions (Nigel Ayers); ocp – operador de cabine polivalente (João Ricardo); Sturqen (César Rodrigues e David Arantes).
A ANDRÓMEDA agencia somente estes OITO artistas/projectos!
O 8, por sua vez, é o número da Matéria. O Logos, o poder criativo do Universo. O equilíbrio dinâmico entre o Masculino e o Feminino. O portal através da qual uma vida entra no mundo. A existência depois da morte. O Infinito. A regeneração. A passagem do que é contingente (encarnado) ao que tem validade eterna.
Acreditamos na existência de uma íntima relação entre os domínios do Mito com a Linguagem, com a Narrativa, com a Imaginação, mas também com as Artes em geral. Em consonância com essa perspectiva usurpamos o nome de Andrómeda, a princesa agrilhoada da Antiguidade pagã, enquanto avatar das nossas actividades. Estamos cientes de que embora camufladas, as forças atávicas, ao serviço da Inércia e do Caos continuam a sua acção perene. Desta forma, o funcionamento da MÁQUINA MITOLÓGICA, em vez de constituir algo passível de ser deixado para trás – principal premissa enaltecedora de um positivismo Iluminista, porta-voz de um discurso arauto da dúvida e da dilaceração da consciência aprisionada nas teias da Razão – é aqui enaltecido e apregoado [“cruenta voluptas!”] , enquanto mecanismo em permanente processo de recriação.
Re-ANIMAdos pela figura arquetípica de Andrómeda, almejámos a libertação dos grilhões tentaculares da política do Impasse, evidenciada no culto das manifestações de superfície e do prosaico, epítomes compulsivos de uma Ética do Instante!
Conceito: Saint Julian e Miguel Carneiro
Arte gráfica original: Dayana Lucas / Oficina Arara
Webdesign: Ana Carvalho
Porto, 2014